27 julho 2009

Sim, querido

Está mais que na hora de me agarrar com unhas e dentes a este menino. Ele chama-se Harrison, Harry para os amigos, e é um graçolas de quase 3000 páginas que se lêem à velocidade de um Renault 5 guiado por uma velhinha de cabelo azul numa solarenga tarde de domingo. Chamemos-lhe um belo romance de Verão. Mas não há cá flirts, nem falinhas mansas, nem beijinhos roubados… não senhor, é logo a sério. Chama-se o notário e é casório para durar até à segunda quinzena de Novembro. Findo esse tempo, a nossa relação será avaliada por um padreco mal-humorado, a.k.a. Prova Nacional de Seriação, a.k.a. Prova de Acesso à Especialidade. Portanto, não há tempo para traições furtivas (estou a falar contigo, Murakami), pode ser uma união curta, mas tem que ser autêntica. É cair de cabeça e fazer este matrimónio dar frutos - filhos legítimos para cima dos 80-90%... (haha, sonha).

Fico à espera dos vossos desejos de felicidades! (e prendinhas, porque não? ;)

24 julho 2009

Na paz

Perdoem-me a ausência, deste e dos vossos cantinhos... mas ando nas nuvens a curtir as primeiras mini-férias deste Verão (logo vos apresento o meu novo BFF)... o que inclui deixar os computadores de lado e passar o menos tempo possível debaixo de tecto!


Mas eu volto... já já já! :)

22 julho 2009

Acabadíssimo!!

O curso! :D

A todos os que me apoiaram, o meu muuuuito obrigado!!!

20 julho 2009

É já amanhã...

Aaaaaaaaaaaaaaaaahh!!!!!

18 julho 2009

Emmy

A super "How I met your mother" está nomeada para um Emmy de melhor série de comédia e o super Neil Patrick Harris (Barney Stinson) está nomeado (tal como em 2007 e 2008) para melhor actor secundário em série de comédia.
Será que é desta? Eu faço figas para que sim, eles merecem! (só pelo que me fazem rir...) :D

17 julho 2009

Não sei que título hei-de dar a isto

Já não bastava o peso da minha culpa por faltar ao ginásio há mês e meio e por passar dias inteiros com o rabinho alapado na cadeira… chego a casa e levo com um “estás mais gordinha, Joana!” acompanhado de um sorriso feliz como se essa fosse a melhor notícia que me podiam dar. Espectáculo. Para a minha mãe até é, que em época de exames ela acha que eu me enfio em casa e faço greve de fome. Todos os fins de semana olha para mim com um ar preocupado e diz: "Mas tu tens comido?" ou "Qualquer dia desapareces..." Qualquer gaja vos poderá dizer que apesar de sabermos que tratamos bem a barriguinha e estamos na mesma como a lesma, estas palavras são sempre boas de ouvir. O contrário é que já custa um bocadinho.

I should explain a parte da Joana: a minha sina estava traçada pela minha mãe para me chamar Joana, mas veio a minha mana em cima da hora, bateu o pé e disse “NÃO, que ela se vai chamar Teresa”, porque era assim que se chamava a irmã da sua melhor amiga, e estavam naquela idade de querer ter tudo igual. Assim, num “fica com a tua que eu fico com a minha” eu, sim senhor, chamo-me Teresa, mas de volta e meia a minha mãe chama-me Joana, só para fazer o gosto ao nome. Eu cá não me importo nada, Joana sempre é melhor que Catarina (outra ideia brilhante da minha irmã – Teresa e Catarina combinam como o caneco) mas às vezes esta coisa confunde, e eu vejo-me a desejar ser chamada de “Pssst!” ou de “Ó chefe!”...

E o ponto alto da semana foi

Como se sentiriam vocês se um (quase) estranho, que até viram algumas vezes mas com quem trocaram menos de 10 palavras na vida, vindo sabe-se lá de onde enquanto marravam tranquilamente músculos enfadonhos, vos entregasse um papelucho dobrado com um número de telemóvel, se inclinasse sobre o vosso ombro e vos sussurrasse ao ouvido: “Não sei quando te volto a ver… caso queiras tomar um café...”, desaparecendo em seguida?

(??!)

Digo-vos eu que é muuuuito bom… derreti…! :)

Pena que é má altura para me meter em encrencas...

Take my hand, take my whole life too

A melhor aquisição (cof, cof) dos últimos tempos… por muito caro que isto esteja (cof, cof), valeu o dinheiro (cof, cof).
Não consigo ouvir mais nada!! Às vezes vicio-me assim... não há nada a fazer senão esperar que passe...

Não é impossível

Eu sempre achei que era impossível. Um percurso académico inteiro, anos e anos, 83 tentativas mais-coisa-menos-coisa… e nunca tirei da cabeça que isto era absolutamente impossível. Uma meta só alcançável àqueles cujos cérebros serão um dia colectados para estudo.
O quê? Decorar todos os músculos do antebraço, as inserções de cada um, acções, inervação e vascularização. Quantos são, alguém sabe? Não vale ir ao Google!! (e não é que o Word aceita a palavra Google e imediatamente lhe espeta uma maiúscula? Isto há coisas…)
“Piece of cake”, dizem uns, “que pieguinhas”, dirão outros… pois então, tentem!
I dare you…

Só no outro dia estive 10 minutos a decorar que o cotovelo é uma bitrocleo-côndilo-trocartrose, enquanto o joelho é uma trócleo-bicôndilo-meniscartrose! Isto até ia bem, não fossem as restantes enartroses, trocleartroses, efipiartroses, artrodias, condilartroses compostas, etc… E qual é a diferença entre conóide, coronóide e coracóide?? Chiça, que confundo tudo!
Porra para a Anatomia, estou com isto pelos cabelos!!

15 julho 2009

Everything is illuminated

Eu ponho-me a dizer que gosto de pessoas esquisitas, e encontro aqui um bom monte delas!
Já não é um filme nada recente, mas se há por aí alguém que não viu.. vai daqui muito bem recomendado. ;)
Ah, e a banda sonora é 5 estrelas!*

12 julho 2009

11 julho 2009

Sniff!

Não olhes assim para mim... tens que esperar na prateleira pela tua vez.

Já não te posso ver à frente

Frank Netter, autor do Atlas de Anatomia Humana.

Renovada

Depois de uma semana a dormir mal, com pesadelos, rabugentíssima, acelerada, ansiosa... chego a casa, levo com os mimos da mamã, sardinha assada, cheiro a relva acabadinha de cortar, passo a mão pelos meus gatuchos... e durmo que nem uma santinha. É um mistério, como coisas tão simples nos fazem tão bem...
Estás tão perto e às vezes parece tão longe, fazes milagres!
Home sweet home! :D


E hoje, em vez de sonhar com Anatominices e coisas parvas, sonhei com... a minha adorada Praia da Rocha.
Quero-te tanto!!!

10 julho 2009

E o ponto alto da minha semana foi

...avistar um casal de pêgas.

09 julho 2009

Por um café

Os Hospitais da Universidade são bueda grandes. A certa altura já parecem pequenos e asfixiantes (quero sair daqui!), mas não deixam de ser grandes em área. Milhares de pessoas entram e saem todos os dias. São grandes e labirínticos, de tal maneira que de cada vez que alguém lá da terrinha está internado, eu tenho que fazer de guia às visitas. Vá, nem sempre, senão estava mal e tinha que cobrar o tour.
Enfim, este edifício é tão grande que tem recantos escondidos que a maioria dos utentes não conhece nem sonha conhecer. É assim, com um sorriso maldoso na cara, em plena hora de almoço, que passo ao lado de um bar a abarrotar de gente com uma fila de 10 metros, subo umas escadas, viro numa curva, passo 2 ou 3 portas e chego a um barzinho simpático, onde peço o meu café sem esperar um segundo. E foi isto que eu aprendi nos anos todos que andei a veranear pelos HUC. Fiz valer o dinheiro, mãe?


Teresa, sai do computador e vai estudar, anda.

Há pessoas burras que nem portas...

... e a minha paciência escasseia! Em minha casa vivem 5 raparigas, eu sou a mais velha. Desde que aterrei aqui, há 3 anos, organizei 3 caixotinhos na dispensa para separar a reciclagem. Para não haver guerras, disponibilizei-me logo para levar as coisas ao ecoponto, que até é perto, e não me custa absolutamente nada. A única regra era colocar a reciclagem minimamente limpa, para não deitar cheiro. Ainda se consegue compreender (a muito custo) que seja extremamente trabalhoso passar por água uma lata de salsichas ou um copo de iogurte, e que seja mais fácil simplesmente deitar para o lixo normal. Mas uma caixa de cereais? Um pacote de bolachas?? Tudo enfiado no lixo da cozinha!! E embalagens vazias de champô? E caixas de sabonete? Tudo enfiado no lixo da casa de banho!! Óbvio que não vou andar a chafurdar no lixo a tirar coisas para a reciclagem! Mas como é que é possível haver gente tão parca de inteligência?!! São cachopas novas, onde é que este mundo vai parar?!

Grrrrrrr!! Segurem-me, que eu vou-me a elas!!!

Cimento

Eu gosto de pessoas esquisitas com manias esquisitas. Daquelas que vivem no seu mundinho e só deixam transparecer uma quarta parte do tumulto que lá vai dentro... tipo eu. Acho que é por isso que o meu filme preferido de todos os tempos é o "Fabuloso destino de Amélie" (seguido de perto pelo "Sen to Chihiro no Kamikakushi", visto que o Miyazaki é outro esquisitóide de primeira)... ou seja, dois weirdos encontram o amor e eu acho isso lindo.
E porque é que me lembrei disso hoje? O namorado da Amélie, antes de se pôr a coleccionar fotos de passe deitadas ao lixo, coleccionava fotos de pegadas ou coisas escritas pelas pessoas no cimento. Mal me levanto e olho pela janela, vejo que alguém acimentou a entrada de uma das garagens (provavelmente aproveitando as obras do café lá em baixo) e, apesar do cimento ainda ter aspecto de fresco, já lá estavam umas pegadas de gato... Porque é que eles fazem isso?
Porque são narcisistas e esquisitos, e eu adoro que sejam assim!

08 julho 2009

Atacada na cabeleireira

(as crianças podem ler porque não tem nada a ver com tesouras e não tem cenas ensanguentadas; aliás, a história é tão longa e tremendamente interessante que é óptima para a hora de deitar)

Five o’clock p.m., pego no meu super popó (um bolinhas vermelho-à-benfiquista-orgulhoso-não-sei-bem-de-quê, dois lugares, em 2ª mão, comprado de propósito para a menina treinar as suas manobras automobilísticas – vai a tempo, só tirei a carta há 3 anos – e para o papá ir à pesca) e vou até ao centro procurar quem me ajude a domar esta juba.
Entro na cabeleireira que é unissexo mas só com um “s” (já explico) e, como é ritual estabelecido há muitas gerações, vendo que todas as empregadas estão ocupadas, dou as boas tardes, alapo o rabinho no sofá e vasculho a literatura espalhada na mesinha em frente. Não, não me sinto tentada a pegar numa Caras ou numa Maria, por mais apetitosas de mexericos que pudessem parecer; pego no Diário de Coimbra, só porque fico francamente admirada por ver ali um jornal (é para fazer valer a designação unissexo, mesmo que não se visse um único cliente masculino). Estava a acabar de ler a notícia da Académica quando ouço pela 3ª vez: “É para lavar e secar?!” e finalmente levanto a cabeça para ver quem é que era tão surdo que não ouvia isto à primeira (vá, o barulho do secador perturba, mas a mulher estava a berrar alto o suficiente!), e vejo que ela estava era a falar comigo. “Não, é para cortar!”, respondo eu, a sorrir e a ficar da cor do meu bolinhas. Nisto, salto do sofá e vou ter com ela, que já está de toalha em punho para ma enrolar à volta do pescoço e lançar as garras ao meu couro cabeludo. Sim, porque cabeleireira que se preze tem que ter unhas de metro e meio, que raspam no escalpe enquanto nos lavam a cabeça – o que, estranhamente, sabe bastante bem (e também pulseiras cheias de penduricalhos que fazem um tlim-tlim-tlim agradável).
Só aí, de olhos fechados a saborear a massagem grátis com champô de morangos, é que me apercebo do tema de conversa. Ora nem mais: médicos. Estava uma senhora indignadíssima a contar que um médico “daqueles novitos” lhe tinha indicado num papel para tomar uns comprimidos ao pequeno-almoço, tendo escrito “almoço” com “s”. Franzi o sobrolho duvidando seriamente da veracidade dessa acusação (algumas letras são tão esquisitas que um “ç” escrito à pressa pode muito bem ter ficado parecido com um “s”), e pareceu-me que a cabeleireira notou, pois parou a massagem que tão bem me estava a dar arrepios na espinha e perguntou: “A menina estuda?”
Abro os olhos para ver se era para mim a pergunta, e vejo a senhora, de pés para o ar, a fitar-me expectante. Respondo que sim, estudo. “E é boa a português?” Digo que acho que sim, sem mostrar grande certeza para não me comprometer. “Diga-me lá então como é que se escreve unissexo?” Respondo que com dois “s”, não vendo outra parte da palavra que suscitasse dúvida. Ela larga as mãos cheias de champô da minha cabeça ainda insuficientemente consolada, e lança-as à colega do lado, a berrar “Tás a ver?! Tás a ver?!”.
Fico então a saber que há uns dias entregaram um placard para colocar na parte de fora do estabelecimento, e só quando estavam todas no passeio a fumar o cigarrinho é que repararam que aquilo tinha um erro. Aliás, uma só delas é que notou (a que me estava a lavar o cabelo), o resto ficou a olhar para aquilo como um burro para um castelo, sem conseguir notar o que raio estava mal com o dito placard. Foi uma guerra pegada, que se reergueu com a minha opinião. Fico admirada que nesses dias todos ainda nenhuma tivesse procurado um dicionário; e feliz por saber que a minha pelagem estava entregue à mais esperta delas todas.
Passado esse tema, ânimos acalmados, já eu tinha levado uma valente poda na crina, quando se lembra a dita senhora de me perguntar o que é que eu estudo. E pronto, da resposta levanta-se uma tempestade sem qualquer aviso.
(É preciso ver que, nestes sítios, quando se começa a falar mal de alguma coisa, quem conseguir falar pior ganha uma espécie de concurso.) De repente, vejo-me a ser atacada com “aquela vez que fui à urgência com o pé todo torto e nem me tiraram um raio-X”; e com “no meu parto só deixavam usar não-sei-quantas compressas e eu podia esvair-me em sangue que não davam mais”; e com “fui queixar-me com dores de barriga e deram-me comprimidos para os nervos”… que já só queria era pôr-me a milhas dali para fora antes que alguém chegasse à conclusão que os médicos não deviam ter cabelo porque, de alguma forma, (elas lá arranjavam uma, era só dar tempo), atrapalha as decisões.
Enfim, isto é a história de uma sobrevivente, sem danos de maior sofridos na molhelha … mas os médicos que se ponham a pau que, nestes dias, entrar numa cabeleireira, sem guarda-costas, padre e advogado… pode ser tarefa arriscada.

Agora agradeçam-me, os que chegaram ao fim, porque não mais recuperarão o tempo perdido a ler acerca da minha espectacular tarde a cortar o cabelo.

06 julho 2009

Selo

Levei com um selo do Senhor das Chaves que até fiquei com a cara à banda. E tive muito gosto! :D

Então as regras deste desafio são as seguintes:
- Publicar a imagem do selo e identificar quem o deu (check!);
- Escolher 5 situações da vida, que mereciam ser repetidas em câmara lenta (já lá vamos) ;
- Passar o desafio a outros blogs e avisar ;

Os meus momentos câmara lenta:
- quando era miúda, em casa de uns tios, a pegar num patinho amarelo fofíssimo e a vê-lo a descarregar a tripa pela minha camisola de domingo, que era branca e ficou verde… (vá, rebobina e volta a passar para gozar mais um bocadinho);
- nas competições de natação quando era cachopa, naquele instante de tocar com a mão na parede da piscina, a chegar em primeiro nos 200m bruços (qual Michael Phelps, qual Ian Thorpe?);
- o primeiro beijo (a sério), ao som dos Santos e Pecadores, lol… (e todos os primeiros beijos com novos meninos… também não foram assim tantos, que não sou nenhuma desavergonhada);
- eu a cair de cu nas escadas da faculdade, que são escorregadias como o raio, em dia de exame, ou seja com o hall de entrada cheio de colegas... acho que só umas 20 pessoas é que repararam...;
- eu e os manos (já adultos), praia do Algarve à pinha, e nós os 3 encavalitados no colchão de água, a atirar algas uns aos outros, a rebolar na areia feitos croquetes, a cantar "George, George, George of the jungle", a soltar a parvoíce que há em nós, com tudo a olhar e a gente sem vergonha alguma.

Ficam de fora, mas não esquecidos, todos os momentos de risota entre amigos, de cumplicidade entre amigas, de paz com a família, de orgulho pelas alunas, de brincadeira com os pets, etc etc… ;)

E agora passo o testemunho, especialmente aos meus queridos seguidores, mas também a todos (não são muitos) os que aqui vêm espreitar este blog e queiram agarrar o desafio! ;D

05 julho 2009

Um conselho que vos deixo

Nunca, mas nunca, vão de ressaca para um casamento.
"Ah, o final do estágio calha dia 3 e tenho um casamento dia 4. É na boa." Não é.
Jantar de 6º ano e comemorações até às tantas. Dormi 3 horas. Levantei-me ainda zonza, tomei banho, vesti a fardamenta com que só me apanham nestas ocasiões e calcei os saltos altos que me deram pesadelos as últimas duas semanas. Os papás vieram buscar-me e seguimos por uma estrada cheia de curvas e solavancos para uma quinta no fim do mundo dos arredores de Coimbra. De cabeça fora da janela, a cada curva fechava os olhos, respirava fundo e rezava três Avé-Marias para não sujar o vestido com o jantar de ontem. Enfardei salgadinhos porque não há nada como coisas gordurosas para curar a ressaca. Emborquei de um trago duas garrafas de água e não mais deixei o barzinho até encher a bexiga. Os pés ainda doíam da discoteca, as forças faltavam até para segurar a carteira minúscula, a cara pálida e a maquilhagem da noite anterior assustava os primos afastados que só me vêem uma vez por ano. "Estás com um ar cansado, tens andado a estudar muito..." diziam eles, não reparando no olhar reprovador da minha mãe que sabia bem de onde vinha o cansaço...
A missa é longa, junto as pestanas 50 vezes, a cada uma olhando discretamente para os lados para ver se alguém tinha notado. O coro é bonito mas a flauta (daquelas de plástico) desafina de tal maneira que só apetece chorar. Ainda desinibida, dou os parabéns à noiva e quase deixo soltar que o vestido é horrendo. Está tudo cheio de frio com o tempo enevoado e só eu me abano com o programa das festas. Lá vem o almoço. Fico melhor. Luto incessantemente contra a urgência em dormir a sesta, mesmo com o barulho infernal do grupo de baile. Dispenso o tio doido varrido que me tenta puxar para dançar, e que tanto anima 300 pessoas como estraga a festa em 3 tempos. Mais comida, nunca mais acaba, partida do bolo, nunca mais acaba, fogo de artifício, nunca mais acaba, distribuição de presentes, nunca mais acaba... acabou. Volto a casa a dormir o primeiro sono no carro. Ah... abençoado chinelinho, rico pijama, querida cama.
Que dia infernal. Não façam isto em casa.

Despromoção

Nomeio (por razões óbvias) os indivíduos acima identificados como mascotes deste blog, despromovendo assim o Bobi ali ao lado - visto que já ninguém pode com o Feel Good dos Muse, só porque ele é tão preguiçoso que não muda a playlist.

Ideia

Como ocupar um Domingo à tarde com uma moeda de 1€...

03 julho 2009

Paragens

Eu nunca adquiro nada sem gostar. Palavra, não compro nada assim: “Olha… vai!”. Sou uma esquisita e não tenho o gene shopaholic das gajas. Eu sou capaz de fazer uma viagem ao centro comercial, entrar nas lojas todas, experimentar 238 peças e sair de lá sem nada. Há pessoas para quem isto é um ultraje…
Então porque é que há camisolas no meu armário que eu não vesti uma única vez? É que estas não foram dadas por uma tia ou prima qualquer com péssimo gosto, foram compradas por mim, mea culpa! Como é que as adorei tanto na loja ao ponto de esperar na fila do balcão e as pagar, e mal chego a casa vão para o canto do guarda-fatos, para não mais de lá saírem – é que não entendo. De tempos a tempos, com peso na consciência, volto a experimentá-las, mas nada… não se faz aquele click!, não há esperança à vista para tal vestuário. Os dias vão passando, e elas ali, novinhas em folha, na sua moradia eterna, à espera que numa bela manhã de nevoeiro eu decida pegar-lhes… mas não pego. São cores que não vão com a minha pele, são padrões que me enjoam, são cortes que assentam mal.
Alego insanidade mental temporária.

Chiiiiça!!

O café por baixo da minha casa está em obras. Estão a arrancar paredes, chão, vai tudo ao ar. O martelo pneumático não pára desde o raiar do dia ao cair da noite, enquanto a vizinha de cima tem a delicadeza de pôr a tocar música clássica para o prédio todo ouvir. Belíssima combinação.

Tenham dó!!

02 julho 2009

A solo

Não querendo plagiar o tema de um episódio da série divertidíssima “How I met your mother”, o facto é que ultimamente, quando surge um convite para jantar de amigos (nesta altura são alguns e, graças à Santa, que ainda não começou a onda dos casamentos) tem que vir, infelizmente, acoplada a pergunta fatal: “Vais sozinha ou levas alguém?”. As pessoas pensam que já estamos naquela idade em que a vida está encaminhada e faz-se tudo a dois. É o caso para a maioria, mas – take your head out of your ass –, acreditem ou não, há quem fuja a essa generalização. Quando respondo prontamente que vou só eu, lá vem o “Ah, tá bem” com a conotação de “Esta fica para tia”. Mas o que é que é tão estranho em ir sozinha? Será tão difícil de crer que este pedaço de mau caminho não tenha encontrado um par à sua altura? (haha, coça aqui que esta tem piada) Porque é que ninguém fica em dúvida se sim, tenho namorado, mas que é tão tremendamente giro, sexy, educado e divertido, que não o trago a estas coisas com medo que alguma das “mal casadas” lhe ferre os dentes? (deixo-o amarrado em casa... hmm...) É uma hipótese plausível, ou não? Porque é que o “Ah, tá bem” que vem com o sentido de “Coitada, daqui a uns anos está a viver com 5 gatos”, não vem antes com o sentido de “Cabrita egoísta, quer aquele Deus só para ela”?!
Que falta de sensibilidade.